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sábado, 7 de dezembro de 2019

GRE - Mata Sul promove Formação em Direitos Humanos

                  Equipe NID - Núcleo de Educação Inclusiva e Direitos Humanos

Na manhã desta sexta-feira (06/12), a Gerência Regional de Ensino, GRE - Mata Sul, promoveu em sua sede, Formação em Direitos Humanos com o tema,  Corpo Político: Gênero, Sexualidades e Experiências Escolares, na qual trouxe  a convidada  Day Santos, Chefe de Unidade da Temática de Gênero e Sexualidade, da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco.

Day Santos é Professora/Mestre em Educação, Historiadora e Assistente Social, primeira pessoa trans a conquistar om título de Mestre na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Sua Dissertação teve o título: "Sobrevivi Prá Contar", onde fala sobre suas experiências vividas na escola e na sociedade.

Day falou sobre a aceitação de trans nas escolas com o nome social, o uso de vestidos, compartilhar o banheiro feminino, que na maioria das vezes a própria gestão escolar e corpo discente são os que discriminam, fala com propriedade por ter sofrido na pele desde os sete anos de idade por não a aceitarem como menina trans.

Day Santos - Professora/Mestra/ Chefe da Unidade da Temática de Gênero e Sexualidade da Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco. (Foto: Tereza Lima)

"A questão de gênero não é só escolar, mas familiar e social. O debate é muito importante para que as pessoas se conscientizem que ali está uma pessoa, um ser humano que nasceu com um gênero mas que não se aceita como tal e devemos aceitar. Houve um caso de uma  menina trans que tentou suicídio na escola por ser discriminada na mesma", disse.

Em uma de suas falas, contou sobre a experiência que teve em seu trabalho de assistente social, em uma casa de acolhimento para meninas, a qual ao adentrar foi surpreendida, "nenhuma das meninas me olhou com indiferença, me olharam como 'igual', diferente de palestras que ministrei  para pessoas de formação e fui discriminada por uma maioria", falou.

"Na teoria (da boca pra fora), é fácil dizer que não discrimina o trans mas, na prática o discurso é outro. Menina trans não pode ficar na fila das meninas, e sim, dos menino. Não pode fazer Educação Física com as meninas. Não pode compartilhar o banheiro com as meninas. Houve um caso numa escola em Recife onde uma menina trans foi espancada dentro do banheiro", disse Day.

"Por isso a importância da formação de gestores, professores e alunado nas questões de gênero. Tenho visitado escolas e tenho ouvido casos de discriminação absurdos. A escola não é só opressão, nem acolhimento, há um machismo que por mais que lutemos contra, ele continua firme, e precisamos mudar esse quadro conscientizando gestores, professores, alunos, família e sociedade", finalizou.






                  Fotos: Tereza Lima
Por: Tereza Lima

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