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terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Cinco pessoas morrem em deslizamento de terra no bairro de Dois Unidos

                  Foto: Mariana Moraes/ DP   
     
Uma barreira deslizou na madrugada desta terça-feira (24) e destruiu duas casas no bairro de Dois Unidos, na Zona Norte do Recife. Cinco pessoas morreram, entre as vítimas está um bebê de apenas três meses. Três pessoas ficaram feridas e foram socorridas para o Hospital da Restauração. Outros dois moradores ainda estão desaparecidos. Equipes dos Bombeiros fazem buscas nos destroços.

O deslizamento aconteceu na Rua Bela Vista, no Córrego do Morcego, por volta das 2h. Duas casas foram atingidas. Seis viaturas, sendo duas de busca e salvamento, uma de busca com os cachorros, uma de comando operacional e duas de resgate, além de equipes da Defesa Civil do Recife estão no local. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

                  Foto: Mariana Moraes/ DP 
      
Erivaldo Barbosa, 40 anos, motorista de aplicativo e morador há 20 anos da localidade do desastre conta que já ocorreu outro deslizamento em decorrência de danos do mesmo cano da compesa. “Já aconteceu esse mesmo acidente! Essas duas casas foram construídas pela prefeitura. Essa barreira aqui em julho de 2000 desceu. Aquele mesmo caninho torou no meio da outra vez. O mesmo cano!

Não ficou um tijolo em pé das duas casas, aí foi interditado. Em 2005 foi construído um muro. A prefeitura pagava o auxílio moradia e depois construiu a casa e a gente voltou a morar. Todas as casas aqui são parentes. Meu sogro entrou com uma causa na justiça contra a compesa e a empresa alegou que estava chovendo, mesmo aquele cano estando torado ali”, relata Erivaldo, reforçando que voltaram a morar no local após a prefeitura construir as casas no mesmo endereço.

Aprígio Trajano, analista de saneamento da Compesa, afirma que não houve relato de vazamentos na área e a localidade é mensalmente acompanhada pela empresa. Ele explica ainda que a tubulação está em um local não visível aos olhos, dificultando a investigação. “Hoje de 03h30 da manhã a compesa foi acionada e mobilizamos a nossa manobra. Não temos nenhum registro de vazamento nesta área.

Nós temos reuniões mensais com os líderes comunitários onde eles passam as demandas, não temos nenhuma [demanda] de vazamento. Como vocês podem ver, a tubulação está em uma profundidade que não dá para averiguar se houve vazamento ou não. Estamos fazendo uma vistoria junto com a defesa civil para podermos dizer o que aconteceu”, contou.

Perguntado se as tubulações não deveriam estar um pouco mais acima, para que fosse mais fácil a análise de vazamentos, Aprígio respondeu: "As redes que ficam mais acima são as redes de distribuição. Essa rede de cem milímetros que a gente tem [a que pode ter vazado] está numa localização que, realmente, é uma área de risco, e essa área é monitorada. Então, se houvesse algum tipo de vazamento, as lideranças, a defesa civil, ou até mesmo a própria população teria aberto uma solicitação no nosso sistema."

Fonte: Diário de Pernambuco

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