Foto: Mauro Pimentel /AFP
Após quase um ano do rompimento da Barragem 1 da Mina
Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG), a Polícia Federal de Minas
Gerais estima que a partir de junho deve finalizar as investigações para
indiciar funcionários da mineradora e da empresa alemã Tüv Süd por crime de
homicídio e por crimes ambientais.
O rompimento, em 25 de janeiro do ano passado, deixou 270
mortos -11 ainda não foram encontrados.
Segundo o delegado Luiz Augusto Pessoa, que conduz o
inquérito, falta a conclusão de um laudo de engenharia para determinar a causa
da liquefação dos rejeitos da barragem, que gerou o seu rompimento. O resultado
é esperado para junho.
A partir disso, o delegado espera saber se é possível
responsabilizar os funcionários da Vale e da Tüv Süd por homicídio doloso
(quando há intenção de matar), culposo (quando não há intenção) ou ainda com
dolo eventual (quando o agente assume o risco de matar).
A investigação não descarta responsabilizar os executivos da
Vale e da Tüv Süd, inclusive o presidente afastado da mineradora, Fabio
Schvartsman.
"É um trabalho muito complexo. Prefiro fazer um
trabalho bem feito, seguro e que não gere questionamentos", afirmou o delegado
ao responder sobre a pressão da sociedade para que a Vale seja punida.
A perícia é feita com a ajuda da Universidade de Barcelona e com a Universidade do Porto.
Além de homicídio, a investigação mira crime ambiental de
poluição (de um a cinco anos de prisão), inclusive de lençol freático, e de
destruição de sítios arqueológicos (de um a três anos de prisão).
Fonte: Diário de Pernambuco
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