Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil
A defesa de Wellington Moreira Franco, manifestou "a convicção de que ele será excluído da ação penal ou absolvido, quando os argumentos dele forem apresentados. Para a defesa do ex-ministro, "a acusação é uma peça inventiva, desvinculada da verdade". A denúncia foi inicialmente apresentada ao Supremo Tribunal Federal em 2017 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Temer foi acusado de comandar uma organização criminosa e de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Defesa do ex-presidente
Fonte: G1
O juiz Vinícius Reis Bastos da Justiça Federal em brasília, decidiu transformar o ex-presidente Michel Temer em réu pela sexta vez. Ele vai responder por organização criminosa junto com os ex-ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. O ex-presidente também virou réu por obstrução de justiça.
A denúncia foi recebida pelo juiz na última sexta-feira (03), e a decisão foi disponibilizada nesta segunda-feira (06). Em nota, a defesa de Temer afirmou que o ex-presidente "nunca integrou organização criminosa nem obstruiu a justiça e por isso também essa acusação será desmascarada a seu tempo". Por meio da assessoria, o advogado de Eliseu Padilha, Daniel Gerber, afirmou que o ex-ministro "se manifestará apenas nos autos do processo".
A defesa de Wellington Moreira Franco, manifestou "a convicção de que ele será excluído da ação penal ou absolvido, quando os argumentos dele forem apresentados. Para a defesa do ex-ministro, "a acusação é uma peça inventiva, desvinculada da verdade". A denúncia foi inicialmente apresentada ao Supremo Tribunal Federal em 2017 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Temer foi acusado de comandar uma organização criminosa e de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
No mês passado, depois de o caso ser enviado para a primeira instância judicial, a acusação foi ratificada pelo ministério Público Federal em Brasília. Na denúncia, o ministério Público acusa temer de, entre outros pontos, ter instigado o empresário Joesley Batista, um dos sócios da J&F, a pagar "vantagens indevidas" ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) para que o ex deputado fluminense não fechasse acordo de delação premiada.
O episódio foi revelado depois que veio à tona o áudio que uma conversa entre Temer e Joesley no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da república. Em meio à conversa gravada pelo empresário, há um trecho em que, na avaliação do Ministério Público, o emedebista sugere a manutenção do pagamento de propina a Eduardo Cunha. "Tem que manter isso, viu?", disse Temer a Joesley em meio ao diálogo gravado pelo dono da J&F.
"A denúncia se fez acompanhar de documentos que lhe conferem verosimilhança", destacou o juiz Marcus Vinícius Reis Bastos. Ele considerou que a denúncia preenche os requisitos para se transformar em ação penal e determinou que os três réus apresentem defesa por escrito em dez dias. Segundo o juiz, os fatos investigados no inquérito são similares àquele sobre o chamado "quadrilhão do MDB", que também corre na Justiça Federal.
No caso, são réus, por exemplo, o coronel João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e o ex-ministro Geddel Vieira Lima. Durante a fase de ação penal, serão analisadas provas e coletados depoimentos de defesa e de acusação. Ao final, ocorre o interrogatório do réu. Somente depois disso o juiz vai decidir se eles são culpados ou inocentes das acusações.
À época da denúncia, Temer tinha prerrogativa de foro privilegiado de presidente da República, mas a denúncia nem chegou a ser analisada pelo Supremo. Em outubro de 2017, a Cãmara dos Deputados rejeitou o prosseguimento da denúncia por maioria e a acusação dos crimes de organização criminosa e obstrução de justiça foi suspensa até que Temer deixasse a Presidência.
Ao final do mandato de Temer em janeiro, a denúncia da PGR foi encaminhada à Procuradoria da República no Distrito Federal. Na primeira Instância, a acusação contra o ex-presidente foi distribuída à força-tarefa da Operação Greefield, que apura os crimes praticados por operações Sépsis e Cui Bono.
Defesa do ex-presidente
Trata-se de mais uma acusação nascida da negociata feita entre o ex-Procurador-Geral da República e notórios confessos criminosos. Para livrarem-se da responsabilidade pelos tantos crimes que confessam e ainda usufruírem livremente dos bens amealhados, estes, nas palavras de um deles em recente entrevista, entregaram o produto exigido pelo ex-PGR, que era acusar o então Presidente da República. Michel Temer nunca integrou organização criminosa nem obstruiu a justiça, e por isso também essa cusação será desmascarada a seu tempo.
Fonte: G1
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