Imagem: Reprodução do Google
O Tribunal do Júri condenou a 25 anos e 8 meses de prisão em
regime fechado, a gerente Tatiana Ferreira Lozano Pereira, acusada de matar o
próprio filho, Itaberli Lozano, de 17 anos, em Cravinhos, no interior de São
Paulo. Dias antes do crime, o filho havia denunciado as agressões que sofreu da
mãe, que não aceitava o fato de ele ser gay.
Outros dois envolvidos no crime, Victor Roberto da Silva e
Miller da Silva Barissa, foram condenados, cada um, a 21 anos e 8 meses de
reclusão. As defesas vão entrar com recursos. O crime aconteceu em dezembro de
2016.
O jovem havia passado a morar com a avó depois de ser
agredido pela genitora, mas ela o atraiu à sua residência com o pretexto de
fazer as pazes. No imóvel, com a ajuda dos outros dois condenados e de um
adolescente de 16 anos, ela submeteu o adolescente a uma sessão de espancamento
e depois o golpeou com facadas no pescoço. Após constatar a morte, Tatiana
pediu ajuda ao marido, padrasto de Itaberli, para se livrar do corpo. O cadáver
foi levado a um canavial e incendiado.
Ela só notificou a polícia sobre o desaparecimento do rapaz
oito dias depois do crime. Foi necessária perícia para a identificação. Durante
o processo, o Ministério Público sustentou que a ação tinha sido motivado por
homofobia, pois a mulher não aceitava o filho ser homossexual.
Em depoimento, ela chegou a dizer que "não aguentava
mais ele", reclamando que o menino levava homens para casa e usava drogas.
Ela, no entanto, sempre negou a homofobia.
Padrasto
O julgamento do padrasto, Alex Canteli Pereira, foi adiado
porque seu advogado, que também defendia a esposa, deixou o caso alegando
conflito de interesses. Pereira responde pelo crime de ocultação de cadáver.
Durante o processo, o homem contou que a companheira havia
relatado a ele como havia dado as facadas que mataram o enteado. Tatiana foi
condenada por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. Ela foi
levada para a penitenciária de Tremembé.
Já o julgamento do indivíduo ainda não tem data para ser
retomado.
Fonte Diário de Pernambuco
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