Dores
de cabeça implacáveis e fortes sintomas de gripe fizeram com que McKennah
Carter, 20 anos, procurasse um médico. O que a jovem não esperava, contudo, era
ser diagnosticada com câncer de pele em estágio 4.
Os
médicos também detectaram cinco tumores no cérebro da garota, bem como inúmeros
tumores metastáticos no fígado, pulmões, ossos e gânglios linfáticos.
A
história de McKennah com o câncer começou em 2017, quando ela descobriu uma
mancha nas costas. A marca era, de fato, um tumor maligno, e a jovem foi
diagnosticada com câncer de pele em estágio um de melanoma.
Neste
mesmo ano, ela passou por uma cirurgia para a retirada do tumor.
Após
a cirurgia, os médicos chegaram a afirmar que McKennah não teria mais com o que
se preocupar, uma vez que a doença havia sido detectada e tratada precocemente.
Mais
tumores
Em
2018, entretanto, as fortes dores de cabeça e os sintomas semelhantes aos da
gripe começaram. Os incômodos, segundo a jovem, chegavam a durar um mês
ininterruptamente. Preocupada, ela procurou atendimento médico.
Após
um exame de ressonância magnética, a equipe médica descobriu os cinco tumores
em seu cérebro, o maior deles com 2,54 cm.
As
más notícias, infelizmente, não pararam por aí. Uma tomografia computadorizada
descobriu que o câncer havia se espalhado para o fígado, pulmões, ossos e
gânglios linfáticos. McKennah foi, ainda, diagnosticada com câncer de pele em
estágio quatro, o tipo mais mortífero.
Em
entrevistas, McKennah Carter disse que, ao ser informada do diagnóstico, foi
inundada por “sentimentos de descrença”.
“Foi-me
dito que as chances de isso voltar eram extremamente improváveis e que muito
provavelmente eu nunca precisaria me preocupar com isso pelo resto da minha
vida”, completou. “Na época [em 2017] eu era muito reservada e envergonhada. Eu
não queria que as pessoas me vissem como a garota com câncer”.
Apesar
do tratamento com radioterapia, Carter apresentou intensa deteriorização de saúde.
Em dezembro de 2018, ela passou pela primeira cirurgia cerebral, para remover
um dos tumores que começara a sangrar.
Em
fevereiro de 2019, a jovem passou pela segunda operação, para remover outro
tumor que estava pressionando seu nervo óptico e afetando sua visão.
Outras
notícias ruins
Em
abril de 2019, os médicos deram outra má notícia: os tratamentos não estavam
funcionando. Um tumor no fígado, inclusive, estava cada vez maior.
“Pela
primeira vez, senti como se realmente pudesse morrer. Pode surpreender algumas
pessoas. Entretanto, independentemente do meu diagnóstico, nunca questionei
realmente a fragilidade da vida ou a possibilidade de minha vida ser encurtada
até esse momento”, disse Carter.
Como
último recurso, a moça se inscreveu para um ensaio clínico de terapia de
linfócitos infiltrantes de tumores (TIL). O tratamento envolve remover as
células T dos pacientes — células de combate ao câncer liberadas pelo sistema
imunológico — e cultivá-las em grandes quantidades em laboratório.
Após
15 dias, as células são transferidos de volta para o paciente. Quando em grande
quantidade no organismo, as células T são mais fortes no combate a tumores
agressivos.
O
tratamento interrompe a progressão de tumores em cerca de 16% dos pacientes.
Apesar das poucas chances, Carter continua sendo positiva. “Isso me ajudou a me
tornar uma pessoa mais forte, mais corajosa e mais pacífica. Produziu dentro de
mim uma perseverança durante o sofrimento”
Fonte: metrópoles
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