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A psicóloga clínica, Vera de Melo, desvenda a receita certa
para usufruir ao máximo desta época.
200 g de descontração. Simplifique, não queira controlar e
prever tudo, assegure apenas o mais importante. Se algo não correr tão bem,
minimize e veja o lado positivo, afinal é a altura mais mágica do ano. Foque-se
no essencial e não no acessório.
250 g de flexibilidade. Minimize e não seja rígido, cada
natal é único e repleto de magia. Aceite o ponto de vista dos outros e admita
outras possibilidades. Não se confunda e junte a comparação, a sua tonalidade é
muito parecida com a flexibilidade e pode estragar toda a receita. Deixe de comparar o seu natal com o do
vizinho, colega, o dos anos anteriores ou até mesmo o das séries de sonho da
televisão. Aproveite e usufrua do seu, viva-o e aproveite cada momento.
300 g de empatia. O Natal pressupõe contato com outras
pessoas, com rotinas, gostos e necessidades.
Foque-se também neles e nas suas
necessidades e encontre soluções de compromisso. Faça algumas cedências de modo
a que seja gratificante e único para todos. Lembre-se cada um tem um conjunto
de ideias, crenças e expetativas face ao Natal. Relativamente às expectativas,
a sua tonalidade é parecida com a empatia e a preparar a receita pode também
enganar-se na escolha do ingrediente. Preste muita atenção, a empatia tem uma
tonalidade mais rosa. A troca pelas expectativas pode destruir toda a beleza da
receita. Expectativas demasiado elevadas condicionam a forma como vivemos a
realidade, afetando-a positivamente ou negativamente. É difícil controlar as
expectativas porque as pessoas ficam demasiado impacientes por esta época e se
algo não corre como idealizaram, parece que já nada faz sentido, impedindo de
usufruir da realidade.
200 g de imaginação. Identifique atividades diferentes que
possa fazer durante o Natal com a sua família, atividades que permitam reforçar
os laços que vos unem e fomentar o sentimento de pertença. Aproveite o tempo
livre para o rentabilizar e criar memórias futuras. Crie atividades que
permitam que todos se alheiem do mundo online durante algumas horas, todos vão
ficar surpreendidos com os efeitos.
150 g de alegria e a boa disposição. A pior coisa que pode
fazer num Natal em família é refugiar-se num canto, desejando que tudo acabe
para ir para a sua casa. O Natal não vai
passar mais depressa, nem a família se vai embora só porque não está nos seus
melhores dias, nem com o melhor humor. Em vez disso, aproveite para se
divertir: ponha a conversa em dia com aqueles familiares que já não vê há muito
tempo, brinque com as crianças, tire fotografias – viva! Aproveite para
despertar o seu lado mais infantil e usufrua do momento.
100 g de atitude positiva. Acredite que o Natal vai ser uma
experiência positiva, um momento bem passado, único, repleto de situações
interessantes. Não se deixe levar por pensamentos derrotistas ou
negativos. Se sabe que vai ter de
conviver com aqueles familiares que estão sempre a bombardeá-lo com as mesmas
perguntas ou as mesmas piadas, prepare as respostas com antecedência. Ao prever
as situações que possa encontrar, está a encontrar estratégias para com elas
lidar, evitando sentir-se desprotegido e sem resposta. No entanto, não sofra
por antecipação. O Natal é diversão, não tensão.
500 g de gratidão. Aproveite para parar, relaxar e observar
bem tudo aquilo que se passa à sua volta: a forma como as crianças brincam com os presentes novos, as interações
ao jantar, a família … e aproveite para refletir sobre tudo aquilo que de bom
tem na vida, tudo aquilo pelo qual é grato e agradeça.
No final, misture todos os ingredientes de forma consistente
e de forma a envolvê-los, formando uma mistura homogênea. Para terminar, junte
uma pitada, ou várias conforme o gosto, de amor. Este ingrediente secreto vai
dar um toque especial à sua receita e vai fazer toda a diferença.
Fonte: Lifestyle ao Minuto
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