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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

Anemia falciforme: Dalva, a 1ª pessoa no DF a fazer transplante


A dona de casa Dalva Carvalho Mendes Vidal, 38 anos, é a primeira pessoa com anemia falciforme a ter a chance de ganhar uma vida nova a partir de um transplante de medula óssea realizado no DF. O procedimento foi feito no Hospital Brasília em novembro do ano passado e, hoje, ela se recupera bem da doença incapacitante que lhe impedia de trabalhar, viajar e praticar exercícios físicos.

Hereditária, a anemia falciforme se caracteriza por um defeito no formato das hemácias, as células do sangue. Em pessoas que não têm a doença, elas são arredondadas, o que permite que a oxigenação sanguínea seja feita com eficiência. Em quem tem a doença, as células têm formato de foice, o que dificulta o transporte do oxigênio para os tecidos e provoca problemas como cansaço extremo, dores muito fortes e, em casos mais graves, leva à morte pela falência de órgãos.

No caso de Dalva, que foi diagnosticada aos 2 meses de vida, a doença chegou a provocar um AVC, a necrose do fêmur – que precisou ser substituído por uma prótese – e do baço – que foi retirado. Também a obrigava a passar por transfusões de sangue periódicas.

A anemia falciforme também a assombrava com um trauma comum a quem tem o problema: a morte de familiares por causa da mesma condição clínica. Dos quatro irmãos dela, dois morreram devido a doença, os outros dois não têm. “Eu sou a primeira a ter a chance de escapar. A doença era, praticamente, uma sentença de morte para mim”, relata a mulher, que é casada e tem um filho de 15 anos.

Fonte: Metrópoles

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