Som da Laje (Foto: Divulgação)
Zona Norte do Recife, mais especificamente entre o Morro da
Conceição e Alto José Bonifácio. Esse é o trajeto que o cantor Taiguara Borges
percorre desde muito novo. A relação com os locais fica clara ao conhecer o
projeto Som da Laje, no qual ele une o seu amor pelos lugares ao que sente pela
música. Aos 30 anos e cheio de sonhos, Taiguara abre as portas de sua casa,
localizada no Alto José Bonifácio, para receber artistas locais. Soma, assim, o
seu talento a outros.
Em entrevista à Folha de Pernambuco, ele contou sobre a
origem do projeto, que surgiu durante uma conversa com amigo. A ideia foi
amadurecendo na cabeça do cantor, que tem a essência inquieta e curiosa,
principalmente quando o assunto é cultura. "Fico pensando na vida e as
coisas acabam chegando de repente. É sempre a música. Agora, abro minhas portas
para chamar os artistas da comunidade. De ter um espaço para eles. Tem muita
coisa por aqui. Rap, Frevo, Samba. Tudo de muito talento e só precisamos de um
espaço cultural. Som da Laje é um espaço para os artistas lançarem seus
trampos", enfatizou o idealizador do projeto.
Iniciado em setembro de 2019, "Som na Laje" recebe
artistas de todos os ritmos para gravar videoclipes. E é pensando de forma
otimista que o cantor pretende expandir o projeto no futuro. "A princípio,
estamos cedendo a laje para gravação de videoclipe. Mas já estamos pensando no
futuro. Abrir um espaço para roda de samba para convidados, ensaio aberto e
muito mais. A laje vai ser cultural. Com o tempo vamos organizando
agenda", explica. Mesmo no início, a laje já recebeu os artistas locais
Rodrigo Lyra, Rafa Leite e Loma e as Gêmeas.
O novo point cultural da Zona Norte tem grandes raízes para
o músico: "A laje, além de ser meu lar há 28 anos, é o lugar que me
inspiro para compor, para receber música. Hoje é uma ferramenta para mostrar
nossa arte. A laje é um acalanto. Um espaço aberto e democrático". Taiguara
mergulha desde muito novo em todos caminhos artísticos. “Fui criado no Morro da Conceição e no Alto José
Bonifácio. E foi lá que dei meus primeiros passos na
música aos 8 anos de idade. Minha escola destacava muito a cultura. Oficinas de
dança, música e teatro. É um sonho oportunizar novos talentos e realizar meu
sonho de ser artista. É o que eu gosto de fazer. Já me formei em Rádio e TV, já
trabalhei em armazém, no shopping. Mas a música sempre esteve presente na minha
vida”.
Fonte: Folha PE
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