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quinta-feira, 12 de março de 2020

'Cadeia nelas', diz avó de suspeitas de morte de família no ABC

                  Reprodução/ Record TV

Avó de uma das suspeitas presas pela morte da família Gonçalves no ABC Paulista e mãe de uma das vítimas, Vera Guimarães, desabafou durante a reconstituição do crime, no início da tarde desta quinta-feira (12). Perguntada pela Record TV sobre o que esperava das autoridades, respondeu: "Justiça. Cadeia nelas. Cadeia nelas".

A fala de Vera faz referência à neta, Anaflávia Gonçalves, e à mulher da jovem, Carina Ramos, as primeiras presas por participação no crime. As duas admitiram à polícia envolvimento no crime, mas negam participação direta nos assassinatos de Romuyuki e Flaviana Gonçalves, pais de Anaflávia, e do irmão da presa, Juan.

Vera se mostrou irritada com a postura da neta ao chegar à casa da família pela primeira vez desde o crime, justamente para a reconstituição. "Desceu do carro de boa, tranquila, como se nada tivesse acontecido", disse.

Ela contou que esteve no local somente para ver a neta, mas que não tinha nenhum interesse de conversar com Anaflávia novamente. A jovem foi a primeira a entrar na casa para a reconstituição.

Em seguida, foi a vez de Carina. Ao longo da tarde os outros três presos também contarão suas versões à polícia. A fase final é deixar todos frente a frente na cena do crime para esclarecer divergências sobre o que aconteceu na madrugada de dia 28 de janeiro.

Concluída a reconstituição dentro da casa da família, policiais levarão os suspeitos à estrada do Montanhão, em São Bernardo do Campo, onde os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados.

O mesmo procedimento será adotado e um novo confronto entre os suspeitos deve acontecer. Finalizada a reconstituição, os presos serão reconduzidos ao CDP (Centro de Detenção Provisória).
Os outros três presos são os irmãos Juliano de Oliveira Ramos Jr., de 22 anos, e Jonathan Fagundes Ramos, de 23 anos, primos de Carina e também o jovem Guilherme Ramos da Silva, de 19 anos, vizinho dos dois rapazes.

Contradições

Anaflávia e Carina foram consideradas suspeitas pela polícia desde o primeiro dia da investigação. Em um primeiro depoimento, elas disseram que a família estaria devendo dinheiro a um agiota e o homem seria o possível mandante do crime, mas acabaram caindo em contradição e tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça.

Durante novo interrogatório, Carina mudou a versão. À polícia, disse que estava na casa dos sogros quando três indivíduos armados entraram e renderam a família. Também afirmou que um dos criminosos seria o seu primo Juliano.

Embora não tenha acreditado plenamente no depoimento, o delegado solicitou à Justiça a prisão de Juliano. Após ser detido, o jovem prestou um depoimento que revirou a investigação. Juliano contou que todos tinham planejado juntos o crime e que Anaflávia e Carina participaram ativamente de toda a ação.

Segundo ele, o grupo entrou no condomínio escondido no carro de Anaflávia, um Fiat Palio, depois de seguir o Opala em que estavam Romuyuki e Juan Victor. Já Carina passou a pé pela portaria social, conforme mostram as câmeras de segurança. Eram 20h09, horário que já não havia mais porteiro no local.

Uma vez na casa, os três rapazes simularam ter dominado Anaflávia e Carina. Depois dominaram o pai e o filho e passaram a exigir a senha do cofre da casa, onde pensaram que haveria R$ 85 mil. Como nenhum dos dois sabia, foram torturados a pancadas e asfixiados com um saco plástico, segundo Juliano.

Ao chegar à residência, a mãe, Flaviana, entrou em desespero e abriu o cofre. O dinheiro não estava lá. Pela versão de Juliano, Anaflávia e Carina autorizaram então as mortes dos três. A filha do casal teria concordado em executar os pais por causa de uma suposta herança de seguro de vida.

Depois do depoimento de Juliano, Carina e Anaflávia prestaram novo depoimento em que, segundo a polícia, fizeram uma confissão parcial. As duas admitiram o assalto, mas alegaram que a ação saiu do controle. Segundo elas, a condição era de que o roubo não envolvesse violência física ou xingamentos.

A versão é a mesma adotada pela defesa do quinto preso. "O Guilherme jura de pés juntos que a ideia era só o roubo e não participou das mortes", diz José Gomes, advogado do rapaz. Guilherme prestou um segundo depoimento nesta quarta-feira (11). Ao contrário da primeira vez em que foi ouvido, estava acompanhado de um advogado.

Fonte: R7

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