Reprodução Record TV
De uma só vez, 60 barracos do Morro da Barreira, no Guarujá,
desabaram após as fortes chuvas que atingiram cidades da Baixada Santista, na
terça-feira (3). Em uma delas, dormia seu Antônio, a mulher e os filhos.
"Foi uma coisa tão rápida, que eu só escutei o barulho", diz.
"Minha filha está aí enterrada, meu genro, tudo", afirma ele ao
apontar para o local em que o Corpo de Bombeiros realiza buscas.
A cidade do Guarujá é uma das mais atingidas por
deslizamentos de terra após as chuvas. Em 24 horas, o município registrou 295
milímetro de água. Para se ter ideia, 100 milímetros é considerado um volume
elevado.
De acordo com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, as
chuvas deixaram até a manhã desta quarta-feira 19 mortes e 29 desaparecidos,
nos municípios de Guarujá (15 mortes e 22 desaparecidos). Entre os mortos, está
a filha de Antônio, que foi soterrada grávida de três meses.
Os moradores tiveram de deixar suas casas às presas no meio
da madrugada da terça-feira. A Defesa Civil afirmou que monitorava a situação,
mas não foi possível evitar a tragédia. As vítimas estavam dormindo e foram
pegas desprevenidas.
Outras cidades do litoral sul também foram atingidas. Santos
(3 mortes e 5 desaparecidos) e São Vicente (1 morte e 2 desaparecidos). O
número de desabrigados é 155 no Guarujá, 6 em São Vicente e 37 em Santos.
As prefeituras de São Vicente e Guarujá, no litoral sul,
declararam calamidade pública e Santos, estado de emergência. Os prejuízos
fizeram o governador João Doria decretar luto oficial de três dias em todo o
estado em memória às vítimas fatais dos desmoronamentos e das inundações.
"Lamentamos muito o efeito das fortes chuvas que se
abateram sobre a Baixada Santista e oferecemos solidariedade às famílias que
perderam entes queridos e estão em sofrimento nesse momento”, afirmou Doria
nesta terça, em entrevista na Prefeitura de Santos. O decreto será publicado na
edição desta quarta-feira (4) do Diário Oficial do Estado.
Fonte: R7
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