Imagem: Reprodução
Dores nas costas são bastante comuns e não escolhem idade,
apesar de serem mais frequentes em adultos e idosos. Com origens diversas, esse
sintoma pode indicar, em alguns casos, lesões na coluna ou nos músculos que a
sustentam, compressão de nervos, entre outras causas. Há vários meios eficazes
de prevenção e tratamento.
Para propor uma melhor qualidade de vida a quem sofre com
essa condição, a Folha de Pernambuco consultou especialistas no assunto e foi
buscar relatos de pessoas que conseguiram superar o problema.
A má postura é uma das principais vilãs da coluna. “Pessoas
que precisam ficar períodos prolongados na mesma posição, como arquitetos no
desenvolvimento de projetos, odontólogos ou qualquer profissional que tenha
esse pré-requisito, estão vulneráveis a ter uma dor lombar, uma dor nas costas,
só que de causa postural. Associado a isso tem o sedentarismo", explica o
médico ortopedista especializado em coluna,
Túlio Rangel. Segundo o ortopedista, a postura durante o
sono e o simples ato de pegar um objeto no chão podem acarretar dores.
Mesmo pessoas que não são sedentárias podem sofrer com
lesões na coluna. O professor de educação física Lucas Temporal teve uma
contusão nas vértebras C6 e C7. A contusão evoluiu para uma hérnia que comprimia
um dos seus nervos.
“Descobri que estava com esse problema porque começou a doer
também o meu braço. A primeira sensação era de um torcicolo. E aí, começou a
irradiar para o braço. Então, eu fui fazer exame de imagem, pois começou a
incomodar muito”, relata. Após um tratamento de três meses de fisioterapia
auxiliando a osteopatia, ele fez um trabalho de fortalecimento muscular na
região afetada.
O professor orienta a procura por especialistas. “Acontece
muita lesão por desequilíbrio. Isso é um dos fatores. Às vezes, você tem uma
região mais forte e outra muito fraca. Nesse caso, a gente parte para sair do
estado de sedentarismo para o fortalecimento, com algumas restrições, para não
agravar o problema”, diz Temporal. Tanto ele quanto o ortopedista sugerem a
acupuntura como tratamento complementar eficiente.
Já o diretor e roteirista de audiovisual Tiago Martins
precisou passar por um longo tratamento depois de um acidente. Praticante de
futsal e basquete dos 8 aos 20 anos, ele se lesionou jogando, em 2015.
De repente, sentiu sua coluna travar e ficou em pé sem
conseguir se mover nem andar. Foi socorrido para uma emergência ortopédica e
passou 15 dias na cama à base de medicamentos.
“Descobri que tinha uma doença congênita chamada
Espondilolise Lombar, na vértebra L5. Essa condição causa um desgaste na
conexão dos ossos. No meu caso fica entre a vértebra e a bacia. Estava em uma
fase aguda, em crise, com muita dor. Tive que tomar remédios muito fortes como
e fazer sessões diárias de fisioterapia para sair da crise”, conta.
“Foram mais de três anos de muita dor diariamente, remédios
fortes e fisioterapia. Fiz também hidroginástica e hidroterapia. Todas essas
atividades ajudavam a aliviar a dor, mas ela nunca passava completamente. De
dois anos para cá, mudei de trabalho e comecei a usar a bicicleta como
principal meio de locomoção. Notei que os dias em que pedalava não sentia
dor", relata.
O ortopedista reforça que o fortalecimento muscular é o
tratamento mais indicado. Já a pedalada está entre as atividades aeróbicas, que
ajudam a combater o sedentarismo.
Fonte: Folha PE
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