O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta
terça-feira (17/03) que, se o segundo exame para identificar se contraiu
Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, der positivo, irão chamá-lo de
“inconsequente”.
A declaração foi feita na entrada do Palácio da Alvorada,
onde Bolsonaro falou com a imprensa e cumprimentou apoiadores. Aos
simpatizantes, disse: “Tô evitando chegar perto porque fiz mais um exame, e, se
der positivo, vão me chamar de inconsequente”.
Na semana passada, o presidente já havia realizado o
primeiro exame para detectar a presença de coronavírus em seu organismo. Na
ocasião, Bolsonaro foi às redes comemorar o resultado negativo.
Nesta terça, o chefe do Executivo repetiu o procedimento. A
expectativa é de que o resultado seja divulgado nesta quarta-feira (18/03).
“Teste não chegou ainda. Quando chegar eu divulgo, sendo positivo ou negativo,
vou divulgar, sem problema nenhum”, disse Bolsonaro à imprensa.
No último domingo (15/03), o chefe do Executivo contrariou
orientações de autoridades de saúde e cumprimentou com as mãos apoiadores
durante uma manifestação pró-governo e anti-Congresso e Supremo Tribunal
Federal (STF), em Brasília.
O teste da semana passada foi feito após o secretário
especial de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Fabio Wajngarten, testar
positivo para a infecção. Além dele, o secretário especial adjunto da Secom,
Samy Libermam, também teve resultado positivo para Covid-19. Com isso, até o
momento, são dois casos confirmados no Palácio do Planalto.
Wajngarten viajou com a comitiva presidencial para Miami,
nos Estados Unidos, na última semana. Lá, o grupo se encontrou com o presidente
norte-americano, Donald Trump. Pelo menos 14 integrantes da comitiva ou pessoas
que se encontraram com Bolsonaro no país norte-americano foram infectadas pelo
Covid-19.
Nesta terça, além de Bolsonaro, os ministros Augusto Heleno
(Gabinete de Segurança Institucional) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
também realizaram um segundo exame. Eles estavam na comitiva presidencial nos
EUA.
Além dos ministros, o secretário de Assuntos Estratégicos
(SAE) da Presidência, Flavio Rocha, repetiu o teste para verificar a presença
do vírus. Ele também estava na comitiva.
O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que
não acompanhou Bolsonaro na viagem ao país norte-americano, realizou o primeiro
teste nesta manhã, por “precaução”, segundo ele.
Fonte: Metrópoles
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