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quarta-feira, 27 de maio de 2020

Pernambuco é o estado do Nordeste que mais fechou vagas de trabalho durante a pandemia


Assim como o restante do País, Pernambuco chegou ao fim do mês de abril de 2020 contabilizando grandes estragos provocados pela pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho formal. O Estado encerrou os primeiros quatro meses deste ano liderando o fechamento de postos de trabalho no Nordeste e se consolidou como a quarta unidade da federação com pior saldo, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério da Economia.

Quando levado em conta os meses com maior avanço da pandemia (março e abril), o Estado continua liderando as perdas, ficando à frente das duas outras maiores economias da região (Bahia e Ceará).
 
No acumulado do ano, somando os meses de janeiro, fevereiro, março e abril, Pernambuco teve 105.763 admissões, mas fechou 159.313 vagas de trabalho, gerando um saldo de -53.550. No mesmo período, a Região Nordeste gerou 592.704 vagas, mas perdeu outras 782.785. O saldo negativo foi de -190.081, e Pernambuco representa quase 30% desse resultado.

Brasil

O mercado de trabalho brasileiro perdeu 763 mil vagas com carteira assinada entre janeiro e abril deste ano. Em janeiro e fevereiro, antes da crise de saúde pública, o país criou 338 mil vagas. Em março e abril, já sob efeito de medidas restritivas nas cidades, com fechamento de comércio e empresas, o saldo de empregos foi negativo em 1,1 milhão.

Só em abril foram fechados 860.503 postos de trabalho, o pior resultado para meses de abril desde o início da série histórica da Secretaria Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia - iniciada em 1992. O resultado de agora foi o maior registrado para meses de abril em 29 anos.

Os dados compilados, tanto a nível nacional quanto à regional, fazem parte da primeira divulgação do Caged este ano. A estatística, que costumava ser mensal, estava suspensa desde o início do ano após mudanças de metodologia e dificuldades do governo em receber dados das empresas por conta da pandemia. O último dado apresentado, até então, era do mês de dezembro do ano passado.

Fonte: JC Online

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