Agência Brasil
É preciso deixar claro que a amazônia brasileira nos pertence. É o que diz o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que participou de Audiência Pública promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para debater o Fundo Clima, nesta última segunda-feira (21).
O evento foi motivado pela ADPF 708 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), ajuizada pelo PSB, PT, PSOL e REDE, que tem como objeto suposta omissão da União em não liberar valores do Fundo Clima a partir de 2019.
Heleno, que foi comandante militar da Amazônia durante dois anos, lembrou que “a Amazônia legal tem mais de 5 milhões de metros quadrados. Na Amazônia legal cabem todos os países da União Europeia. A infraestrutura e grandiosidade da área tornam qualquer ação difícil e muito dispendiosa”.
O ministro citou também as deficiências que assolam a região, como o acesso à saúde, à educação e saneamento básico, além da falta de infraestrutura e de pessoal para atuar no local. “Não são poucas as tarefas a cumprir na nossa Amazônia”, ressaltou.
Segundo ele, ao longo desses quase dois anos de mandato do governo Bolsonaro, o Brasil enfrenta uma campanha difamatória internacional, na maioria das vezes promovida ou subsidiada por brasileiros.
“Entristece aqueles que trabalham para solucionar os problemas já citados, o fato de brasileiros natos se aliarem a estrangeiros que jamais pisaram na Amazônia – conhecem a Amazônia apenas de fotografia – e as ONGs que tem por trás potências estrangeiras, nos apresentam ao mundo como vilões do desmatamento e do aquecimento do planeta. Pior, usam argumentos falsos e números fabricados e manipulados, e acusações infundadas para prejudicar o Brasil”, criticou.
E disparou: “É preciso deixar claro que a Amazônia Brasileira nos pertence e nos foi legada grandiosa e cobiçada graças ao heroísmo e obstinação dos nossos antepassados”.
O general ainda ressaltou que o Executivo sabe perfeitamente o que deve ser feito e enfatizou a certeza de que o governo fará a redução do desmatamento, buscando sobretudo os responsáveis pelo financiamento do crime organizado florestal, principalmente o tráfico ilegal de madeiras e de outros objetos, segundo o ministro, uma outra faceta do crime organizado.
Ele ainda assegurou serão mantidas as operações conjuntas que reúnem órgãos de fiscalização e repressão, aperfeiçoando os meios aéreos, terrestres, aquáticos e tecnológicos que apoiam essas atividades de combate.
Heleno também fez um balanço sobre a ‘Operação Verde Brasil’, que publicamos separadamente (clique AQUI).
O ministro do GSI lembrou que o atual governo faz questão de incluir os ministros nas discussões de projetos comuns e de só decidir após discussão franca e aberta.
“Não há comprovação cientifica de que o aumento de incêndios nas florestas primárias decorra de inação do governo federal. Na verdade, elas têm a ver com fenômenos naturais cuja ação humana é incapaz de impedir”, defendeu.
Ao finalizar sua fala, Augusto Heleno disse que nada, no entanto, justifica descaso ou relaxamento com as providências a serem tomadas na questão ambiental.
Fonte: Conexão Política
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